Os donos de equinos têm se preocupado cada vez mais com a identificação de seus animais, por isso, a prática de rastreamento por microchips tem sido considerada segura. No entanto, há pouca informação a respeito da capacidade de rastreamento destes microchips. Dada à longevidade dos cavalos, o rastreamento deve acompanhá-los por muitos anos, pois, as informações contidas nestes dispositivos são vitais.
O microchip é utilizado para obter informações de doenças apresentadas pelos cavalos, ou até mesmo de áreas em que os animais estiveram. Para os socorristas de desastres naturais, que têm grande dificuldade para identificar os donos dos cavalos perdidos, o microchip, ao ser rastreado iria reconhecer o verdadeiro dono daquele cavalo através de seu escaneamento, trazendo todas as informações do animal.
Alguns métodos atuais para rastreamento de microchips são limitados, pois cada rastreamento começa com o escaneamento do cavalo com o equipamento de leitura do microchip e obtém-se um número para cada. Mas e o que vem depois? Se o fenótipo ou história do cavalo apresenta pistas da raça, criador ou grupo que possa ter informações do cavalo, geralmente, este é o melhor começo. Se não, há lugares por onde começar. Contata-se o fabricante do microchip, sendo os três primeiros dígitos deste, que indicam o código do fabricante ou do país que podem ser encontrados quando procurados na internet. O fabricante providencia as informações de contato do distribuidor a quem o microchip foi vendido. Contatando as informações de produção para a próxima empresa, é possível que esta contenha informações entre o chip e o cavalo, porém, este processo pode ser cansativo.
Tentativas de rastrear microchips destacaram desafios significativos, pois, há muitas partes envolvidas e, como esperado, responsáveis por manter registros associados a um microchip. Por possuir falhas no processo de manutenção e transferência de registros em qualquer parte do processo, inevitavelmente, isto acaba inutilizando o microchip. Os melhores resultados no rastreamento foram obtidos quando, a informação final foi mantida por registros de raça ou outros grupos de atividade equina com interesse em conectar o animal à sua identificação única.
O contato com o fabricante tem sido confiável na obtenção das informações do distribuidor, mas essa abordagem é demorada e nada prática em situações urgentes, como por exemplo, um surto de doença contagiosa. Alguns fabricantes de microchips não exigem que os distribuidores mantenham registros em cada microchip vendido, o que resulta em um rastreamento ineficaz.
Finalmente, uma ferramenta de consulta on-line acessível para microchips dos equinos se faz necessário para agilizar o processo de rastreamento. Essa ferramenta de pesquisa poderia fornecer identificação rápida e informações de contato da empresa principal (um registro de raça, grupo ou sistema de registro), contendo informações sobre esse número específico de microchip, enquanto mantêm a segurança e confidencialidade dos dados até que seja feita uma solicitação específica para divulgação de informação. Acima de tudo, deve ser reconhecido pelo mercado equino, pois, simplesmente implantar microchips em cavalos não é suficiente, deve haver manutenção de dados e estrutura de rastreabilidade dos microchips, para que os objetivos pretendidos sejam cumpridos.
Texto traduzido por: Bianca Heloisa Delong. 7º Periodo. Uniguaçu.
Revisão: Deivisson Aguiar, Médico Veterinário