O estômago do cavalo é relativamente pequeno, representando de 8 a 15 litros em cavalos de 500 Kg de peso corporal. Esse pequeno tamanho está adaptado ao comportamento de ingestão de pequenas quantidades de forragem e frequente movimentação. Como herbívoro que vive em sociedade, o cavalo naturalmente precisa pastar e, ao mesmo tempo, estar sempre alerta e disposto a utilizar a velocidade e agilidade para sua autopreservação diante de uma ameaça.
Dessa forma, longos períodos de jejum ou de ausência de atividade física são muito prejudiciais à saúde do cavalo, predispondo a alterações de comportamento, úlceras gástricas e outras enfermidades. Além disso, o fornecimento de grande quantidade de alimento em um curto período de tempo pode sobrecarregar o estômago e ocasionar dor e alteração na digestão dos alimentos, pois, devido às configurações anatômicas, o cavalo não consegue regurgitar ou “vomitar” o conteúdo em seu estômago.
Para o maior aproveitamento dos nutrientes e redução dos riscos de doenças, o limite máximo de fornecimento de ração (alimento concentrado, rico em grãos) por refeição não deve ultrapassar a quantidade de 0,5 Kg de concentrado (grãos) para cada 100 Kg de peso corpóreo por refeição. Por exemplo, para um cavalo de 500 Kg, não se deve fornecer mais de 2,5 Kg de concentrado por refeição. Se esse cavalo precisar consumir 6 Kg de ração por dia, devemos dividir em 3 fornecimentos de 2 Kg de ração em cada, divididos ao longo do dia (início da manhã, início da tarde e fim da tarde). Apesar de pouco mais trabalhoso que apenas 2 fornecimentos de 3 kg cada, estaremos mais seguros de que haverá aproveitamento dos nutrientes do concentrado e redução do risco de cólicas, gastrite e outros problemas de saúde.
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